Alguns livros que lemos, novelas que assistimos e pequenos momentos de regozijo podem ficar em nossas mentes para sempre, e a isso iremos dar o nome de nostalgia . Dias ruins não valem a pena ser revividos, afinal, para que? Se todos temos algo de bom para nos lembrar! Assim são os meus parcos sonetos, que remontam aos tempos da adolescência em que foram escritos. A alguns dias eu havia postado um deles, chamado de anjos e demônios, e hoje irei publicar outro.
É até estranho olhar com os olhos de hoje para as coisas de ontem. Tudo parece tão diferente e tão mudado, como se nada fosse como havia sido… mas o foi. Porque a água não é mais pura, nem o céu mais azul do que fora outrora. Entretanto, a nossa compreensão de mundo evoluiu, parece mais apurada, calma e clara. E é com este olhos que lhes trago este simplório soneto de separação:
Após O Vendaval
Ao despontar da primavera
Desabrocham flores de paixão
Flores ternas de compreensão
Para semear uma nova era
Há agora um oceano delas
E um náufrago a se afogar
Que ruma à mais bela
Pois só ela o pode acalentar
Traz nos lábios salgados
Uma tenra e doce inspiração
Uma esperança de ser amado
Mas eis seu devaneio gorado
Avassalador como um tufão
Mórbido morre de ilusão
Eu devia ter por volta de dezessete anos de idade quando escrevi esta poesia esboçada e amadora . E se não é das mais belas e de melhor gramática, pode ser das mais francas, ou quem sabe das mais ingênuas. E que seja o que é, nem mais e nem menos, pois espero que a incredulidade daqueles nostálgicos dias, nunca mais volte a inspirar-me. É isso!
amei, muito lindo, mas um pouco triste