A História Dos Jogos Eletrônicos – Parte 2: Nascimento

A história dos jogos eletrônicos: O Nascimento!

Os primeiros jogos eletrônicos foram criados em laboratórios de universidades ou de tecnologia avançada, algo bem longe das casas das pessoas comuns. Isso mudou com o Odyssey , o primeiro aparelho específico para rodar jogos eletrônicos conectados em uma TV doméstica, lançado em 1968 pelo engenheiro alemão radicado nos EUA, Ralph Bauer, quando a empresa Magnabox – Philips – se interessou pelo projeto.

Como podemos perceber, os jogos eletrônicos se desenvolvem secundaria e dependentemente ao desenvolvimento das tecnologias computacionais. Nesta primeira parte do nascimento, as narrativas dos jogos são deixadas em último plano, sendo principalmente necessário o entretenimento por parte do público e a experimentação das possibilidades de programação por parte dos programadores. Não havia um público alvo ou mesmo uma indústria voltada para os jogos eletrônicos, tirando o Odyssey qualquer jogo era coisa de universidade, em geral os únicos lugares que possuíam os computadores, assim os jogos não eram de diversão privada.

Os criadores desses jogos tinham por finalidade em linhas gerais a interação entre homem e máquina; além da experimentação das possibilidades de criação de mundos por programação profunda através de códigos de computador. Como a linguagem da programação é basicamente matemática, neste primeiro momento o domínio das ciências exatas sobre os jogos é quase, se não completo.

Mas já existe um esboço de temática e representação, como por exemplo, o que acontece com “Spacewar!” no qual há uma comunicação de mensagens através de símbolos e significados: a nave, as estrelas, o espaço em geral dá uma noção da subjetividade do autor, afinal, porque ele escolheu aquele tema?

Talvez porque nessa época era de interesse geral a corrida espacial entre URSS e EUA, o que deixava a imaginação das pessoas a par o suficiente para inventarem ficções espaciais e robóticas. Não podemos esquecer também a atitude explicita de Russel de querer transpor a literatura para um novo tipo de mídia. Uma nova mídia nunca é simplesmente ‘uma mídia diferente’, ela sempre passa por uma agregação de outras mídias.

O Desenvolvimento Da Indústria De Videogames Domésticos

Em 1971 Nolan Bushnell, um estudante de engenharia da Universidade de Utah viciado em Spacewar! e Ted Dabney criam o primeiro fliperama denominado: Computer Space. O projeto que é uma releitura de Spacewar! foi fabricado pela Nutting Associates, mas não vendeu muito bem, configurando um fracasso comercial que afasta as empresas desse tipo de investimento.

Pensando em lançar jogos para o Odyssey, Bushnell e Ted Dabney fundam a Atari e lançam um jogo de Ping-Pong cópia de um jogo da já rival imediata, Odyssey que eles mesmo haviam ajudado a criar. O objetivo inicial da Atari não era concorrer com o Odyssey, mas produzir jogos que fossem rodados nos outros consoles, não importando qual, mas na impossibilidade por estratégias da dona do Odyssey, a empresa teve de criar suas próprias máquinas. A Atari com seu fliperama Ping-Pong vira febre, se tornando um sucesso de vendas e de preferência dos americanos.

Atari lança o jogo Pong.

Novamente baseado no Odyssey, Bushnell lança uma versão doméstica de Ping-Pong que pode rodar em qualquer televisor, alavancando novo sucesso de venda, chamando atenção das empresas do ramo de entretenimento para um novo tipo de indústria, um nascimento que deveria ter ocorrido com o Odyssey só logra sucesso na plataforma caseira de Bushnell.

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